As fake news estão cada vez mais presentes no nosso cotidiano.

Quem nunca compartilhou uma informação sem checar suas fontes?

Ou ainda, quem não tem aquele contato que compartilha tudo que vê, todas as correntes e jura que é verdade.

Com a popularização da internet, cresceu também o número de informações falsas divulgadas.

A fake news pode ser compreendida como uma informação falsa ou muito duvidosa colocada na internet.

E a partir daí, pessoas que não checam as informações, compartilham viralizando a notícia.

E muitas vezes causando pânico na população ou até, em casos mais extremos que já tivemos, casos de morte.

Podemos dividir os sites que compartilham fake news em:

  • Os que intencionalmente buscam enganar através de manchetes tendenciosas e informações falsas.
  • Os de reputação razoável que compartilham boatos em larga escala sem verificar corretamente os fatos
  • E os que relatam de forma tendenciosa fatos reais, manipulando a informação para ganharem likes e acessos

fake news

Mas o que as fake news tem a ver com a sala de aula?

É por meio da educação que aprendemos a distinguir com mais clareza informações falsas que circulam na internet.

E por que não discutirmos o assunto em sala de aula?

É uma oportunidade de trabalhar com assuntos presentes no cotidianos dos alunos e ensinar a eles a ter criticidade.

Como?

Ensinando a eles quais métodos são utilizados para que o conhecimento seja produzido.

Ou seja, o método científico!

Em outras palavras, as informações precisam ser provadas.

E para isso você ensina seus alunos a buscar informações seguras que possam ser demonstradas.

E muitas vezes, ensina também onde buscar informações de fontes confiáveis.

Isso significa ensinar aos alunos, diante de uma notícia, se perguntar: essa notícia tem fontes e dados confiáveis?

Merece ser acreditada e compartilhada?

Mas como fazer isso?

Se você é professor de ciências, por exemplo, pode utilizar notícias de ciências e saúde trazidas pelos próprios alunos.

E a partir delas, desenvolver o conteúdo da aula.

Um exemplo é a notícia de que pesquisadores brasileiros descobriram uma barata mutante com veneno semelhante a dos escorpiões.

Você enquanto professor, pode desconstruir a tal notícia com seus alunos.

Esclarecendo por exemplo, que a suposta barata mutante não poderia se chamar Blattodea mutation.

Porque a palavra ‘Blattodea’ é o nome da Ordem das baratas e, portanto, não está de acordo com a taxonomia de classificação utilizada pelos cientistas.

Se você é professor de história é um ótimo momento para trabalhar assuntos políticos.

Você pode esclarecer junto com seus alunos várias notícias falsas que andam circulando na internet.

Ensinar seus alunos a buscarem informações e checarem a veracidade dos fatos é alfabetizar seus alunos.

Tanto cientificamente quanto digitalmente.

Trabalhar esse tipo de conteúdo na sala de aula, além de ser uma forma de aproximação do conteúdo com o cotidiano do aluno, ajuda a tornar seus alunos mais críticos diante do mar de informações que eles tem acesso.