Em 15 de outubro de 1827, Dom Pedro I baixou o decreto imperial que criou o ensino elementar no Brasil.

Para que todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras.

15 de Outubro também é uma data consagrada pela igreja católica à educadora Tereza D’Ávila.

Ela foi canonizada em 1622 como Santa Tereza de Jesus (ou Santa Tereza D’Ávila) e reconhecida pela notável inteligência, sendo eleita “Padroeira dos Professores”.

A data começou a ser comemorada, sem muita repercussão, no inicio da década de 30.

Mas comenta-se que apenas em 1947 houve o primeiro evento voltado aos Professores.

Em 13 de outubro de 1948, o Projeto foi transformado na Lei estadual nº 174 e, a partir daí, foi divulgado e correu por quase todos os estados que aprovaram leis instituindo o Dia do Professor em 15 de outubro.

E com o decreto federal tivemos o reconhecimento dessa data tão especial.

Houve um tempo que ser professor era comparado a ser sacerdote do saber.

Era a manifestação de uma vocação ou missão transcendente, não o exercício de um ofício, uma profissão.

O panorama atual do docente não é dos mais animadores.

Sem reconhecimento, sem condições de trabalho, sem um salário digno e mil outros desafios que enfrentamos todos os dias.

Ser profissional da educação hoje é acima de tudo saber continuamente renovar sua profissão.

Isso porque, além de todas as dificuldades que enfrentamos, somos um eterno aprendiz.

Afinal, o professor nunca está pronto, acabado.

Está sempre em processo de (re) construção de saberes.

Ser professor não é uma vocação, embora alguns a tenham.

Não é uma técnica, embora requer uma excelente operacionalização técnico-metodológica.

É ser um profissional de ensino, competente, legitimado por um conhecimento específico exigente e complexo.

É buscar dentro de cada um de nós forças para prosseguir.

Mesmo com toda pressão, toda tensão, toda falta de tempo.

Ser professor é se alimentar do conhecimento e fazer de si mesmo janela aberta para o outro.

É formar gerações, propiciar o questionamento e abrir as portas do saber.

Ser professor é lutar pela transformação.

É formar e transformar, através das letras, das artes, dos números.

Ser professor é conhecer os limites do outro.

E, ainda assim, acreditar que ele seja capaz.

Estimular o outro a ser capaz.

Ser professor é também reconhecer que somos, acima de tudo, seres humanos.

E que temos licença para rir, chorar, esbravejar.

Porque assim também ajudamos a pensar e construir o mundo!

Feliz dia, professor!