Estratégias individualizantes são aquelas que valorizam o atendimento às diferenças individuais.
E fazem à adequação do conteúdo ao nível de maturidade, à capacidade intelectual e ao ritmo de aprendizagem de
cada aluno, considerando individualmente.
A aprendizagem é sempre uma atividade pessoal, embora muitas vezes se realize em situação social.
Por isso, as tarefas ou deveres escolares, a pesquisa bibliográfica, as sessões de trabalho em oficinas ou laboratórios, os exercícios efetuados na sala de aula ou fora dela, as revisões ou recapitulações periódicas, são atividades discentes
individualizadas.
Mesmo quando os alunos estejam agrupados em um local, e haja entre eles processos interativos.
A situação pode ser socializada, mas a tônica recai no esforço pessoal, e a atividade de cada um tem conotações próprias, que refletem características individuais diversificadas.
Entre os métodos individualizantes podemos citar: aulas expositivas e estudo dirigido.
Aulas Expositivas
É um procedimento de ensino mais antigo e tradicional.
E também o mais difundido nos vários graus escolares, ou seja, desde o jardim de infância até nível universitário.
Esse procedimento consiste na apresentação oral de um tema, logicamente estruturado.
Desta forma, a exposição pode assumir duas posições didáticas.
Exposição dogmática
A mensagem transmitida não pode ser contestada, devendo ser aceita sem discussão e com a obrigação de repeti-la, por ocasião das provas de verificação.
Exposição dialogada
A mensagem apresentada pelo professor é um simples pretexto para desencadear a participação da classe, podendo haver, assim, contestação, pesquisa e discussão.
Na exposição dogmática o professor assume uma posição dominante, enquanto o aluno se mantém passivo e receptivo.
Por outro lado, na exposição dialogada, o professor dialoga com a classe, ouvindo o que o aluno tem a dizer, fazendo perguntas e respondendo as dúvidas dos alunos.
Desta forma, o aluno desempenha um papel mais ativo, pois participa da exposição do professor, fazendo comentários, relatando fatos, dando exemplos, argumentando, expondo suas dúvidas e respondendo perguntas.
A aula expositiva pode ser usada nas seguintes situações:
Quando há necessidade de transmitir informações e conhecimentos seguindo uma estrutura lógica e com economia de tempo;
para introduzir um novo conteúdo, apresentando e esclarecendo os conceitos básicos da unidade e dando uma visão global do assunto;
para fazer uma síntese do conteúdo abordado numa unidade, dando uma visão globalizada e sintética do assunto.
As principais características de uma boa exposição didática são:
Assim, para que a aula expositiva preencha os requisitos de uma boa exposição didática, recomenda-se que o professor prepare a aula com antecedência.
Considerando as características dos alunos e adaptando-a ao seu grau de desenvolvimento (sua faixa etária, os conhecimentos que já possuem sobre o conteúdo estudado, seus interesses e motivações).
Ao planejar, o professor deve:
Porém, qualquer que seja a forma de organização escolhida, um aspecto deve ser sempre cuidado pelo professor: a articulação do todo deve ser destacada de maneira nítida.
E cabe ressaltar, que a exposição deve ser limitada no tempo, em função do nível de maturidade dos alunos, e deve ser sempre alternada com outras técnicas didáticas.
Estudo Dirigido
O estudo dirigido surgiu da necessidade de transmitir aos alunos técnicas de estudo, isto é, de ensiná-los a estudar.
Ele consiste em fazer o aluno estudar um assunto a partir de um roteiro elaborado pelo professor.
E este roteiro, estabelece a extensão e a profundidade do estudo.
Há diversos tipos de modalidades de estudos dirigidos, uma vez que o professor pode elaborar um roteiro contendo instruções e orientações para o aluno.
Entre eles: ler um texto e depois responder às perguntas; manipular materiais ou construir objetos e chegar a certas
conclusões; observar objetos, fatos ou fenômenos e fazer anotações e realizar experiências e fazer relatórios, chegando a certas generalizações.
O professor deve procurar elaborar roteiros contendo tarefas operatórias que mobilizem e dinamizem as operações cognitivas.
Ou seja, que se referem à mobilização e ativação de operações mentais do aluno.
Desta forma, as tarefas operatórias, estabelecidas por meio de questões ou problemas a resolver nos roteiros ou guias de estudo, indicam quais os esquemas assimiladores que estão sendo mobilizados durante o trabalho mental do aluno.
Na prática, essas operações mentais conjugam-se e relacionam-se de várias maneiras, e raramente uma tarefa requer apenas uma delas.
É comum uma tarefa exigir duas ou mais operações cognitivas.
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