Os mapas conceituais são diagramas hierárquicos que procuram refletir a organização conceitual de uma disciplina ou parte dela.
Eles representam conceitos (dentro da caixa de texto) e as ligações ou conectivos (sob as setas) entre esses conceitos.
Quando construído um mapa, o mesmo está propício a diversas interpretações.
Sem ter seu significado real alterado, permitindo a cada estudante estabelecer seu ritmo de aprendizagem.
E ao educador permite o controle sobre o que aprende e como aprende um determinado conteúdo.
A elaboração de um mapa conceitual implica em aprender a agrupar os conceitos segundo seus traços perceptivos.
E segundo as categorias que têm um significado na vida do sujeito.
A teoria que está por trás do mapeamento conceitual é a teoria cognitiva de aprendizagem de Ausubel.
E isso evidência que, conceitos aparentemente semelhantes para dois sujeitos revelam-se diferenciados no momento em que os mapas conceituais são elaborados e as diferenças começam a ser explicitadas.
Tal recurso propicia uma experiência de aprendizagem significativa e pessoal.
Sendo que ao compartilhar com o outro, ambos produzem um conhecimento mais inclusivo e generalizado.
Pois o pensamento torna-se diversificado, mediante participação de ambas as partes.
O mapa conceitual é uma ferramenta de significativa relevância para o processo de aprendizagem
Pois quando utilizada de forma participativa e contextualizada pelo docente, gera um feedback.
Onde o indivíduo integra conhecimentos de uma determinada área de conhecimento.
E no processo de reflexão sobre sua própria estrutura cognitiva, acaba por organizar de maneira hierárquica sua aprendizagem.
É uma estratégia facilitadora da aprendizagem significativa quando utilizada como organizador prévio.
Que consistem em materiais introdutórios, apresentados antes do próprio material a ser aprendido, em um alto grau de abstração, generalidade e inclusividade do que esse material.
O mapa conceitual utilizado deste modo permite ao docente inferir o grau de conhecimento e a capacidade de associação de vários conteúdos de uma mesma disciplina pelo estudante.
O que ajudará a criar um plano de ensino para próximas aulas.
Além disso, os mapas promovem tanto aprendizagem significativa quanto mecânica.
Mecânica quando o docente fornece ao aluno um mapa conceitual pronto, como forma de resumo da matéria por exemplo.
É um uso errôneo do mapa para memorização do conteúdo.
O que leva o aluno a um aprendizado mecânico e pontual.
Deve-se primar pela aprendizagem significativa, sendo esta real e capaz de promover a mudança condizente com a necessidade do estudante.
A utilização de mapas conceituais como instrumento de busca de aprendizagem é um recurso a mais, pois tem o intuito de aferir sobre o grau de apreensão, avaliação, conhecimento preexistente, etc, sobre o que o aluno sabe dos conceitos de um determinado conteúdo, unidade de estudo, tópico ou área de conhecimento, de que maneira ele estrutura, hierarquiza, diferencia, discrimina e integra esses conceitos.
Como usar os mapas conceituais na sala de aula?
Pode ser aplicado como atividade individual (método do trabalho independente), em grupo ou até mesmo envolvendo toda a turma (método do trabalho em grupo).
Cabe ao docente escolher a melhor forma de aplicá-lo.
Pelo método do trabalho independente
O docente deve orientar as tarefas, para que o aluno possa resolver de modo relativamente independente e criador.
Pode ser utilizada para identificação do conhecimento prévio, assimilação do conteúdo ou como exercício de elaboração pessoal.
Exige autonomia do aluno e ambiente que seja propicio para a realização destas atividades.
Pelo método do trabalho em grupo
O educador deve distribuir temas de estudo iguais ou diferentes a grupos como número de estudantes fixos ou variáveis.
Com a finalidade de obter a cooperação dos alunos entre si na realização de uma tarefa.
É possível traçar-se um mapa conceitual para uma única aula, para uma unidade de estudo, para um curso ou, até mesmo, para um programa educacional completo.
A diferença está no grau de generalidade e inclusividade dos conceitos colocados no mapa.
Quanto a utilização do mapa conceitual como organizador prévio
Os mapas facilitam a incorporação e longevidade do material aprendido significativamente de três modos.
Em primeiro lugar, eles se apoiam em conceitos já existentes na estrutura cognitiva do aprendiz.
Assim não apenas o novo material se torna familiar e significativo para o aprendiz.
Mas os conceitos já existentes são selecionados e utilizados de forma integrada.
Em segundo lugar, os organizadores, quando elaborados em um nível adequado de inclusividade, tornando possível a subordinação sob condições especificamente relevantes, oferecem uma ótima base.
Deste modo tendo como base o conhecimento já preexistente no aluno, torna-se mais acessível ao professor trabalhar na perspectiva do seu aprendiz.
O mapa conceitual como avaliação deve reforçar a retroalimentação das fases já vivenciadas, a partir da definição coletiva dos critérios de avaliação dos conceitos claros, relações justificadas, riqueza de idéias, criatividade na organização, representatividade do conteúdo trabalhado.
Como construir um mapa conceitual
Limite entre 6 e 10 o número de conceitos.
E, gradualmente, vá agregando os demais até completar o diagrama de acordo com o princípio da diferenciação progressiva.
Algumas vezes é difícil identificar os conceitos mais gerais, mais inclusivos.
Nesse caso é útil analisar o contexto no qual os conceitos estão sendo considerados ou ter uma ideia da situação em que tais conceitos devem ser ordenados.
Se o mapa incorpora também o seu conhecimento sobre o assunto, além do contido no texto, conceitos mais específicos podem ser incluídos no mapa.
Os conceitos e as palavras-chave devem sugerir uma proposição que expresse o significado da relação.
No entanto, o uso de muitas setas acaba por transformar o mapa conceitual em um diagrama de fluxo.
Busque relações horizontais e cruzadas.
Em geral, os exemplos ficam na parte inferior do mapa.
E alguns conceitos ou grupos de conceitos acabam mal situados em relação a outros que estão mais relacionados.
Nesse caso, é útil reconstruir o mapa.
Outros modos de hierarquizar os conceitos.
Lembre-se que não há um único modo de traçar um mapa conceitual.
À medida que muda sua compreensão sobre as relações entre os conceitos.
Ou à medida que você aprende, seu mapa também muda.
Um mapa conceitual é um instrumento dinâmico, refletindo a compreensão de quem o faz no momento em que o faz.
O mapa conceitual é estrutural, não sequencial.
O mapa deve refletir a estrutura conceitual hierárquica do que está mapeado.
Pergunte o que significam as relações, questione a localização de certos conceitos, a inclusão de alguns que não lhe
parecem importantes, a omissão de outros que você julga fundamentais.
O mapa conceitual é um bom instrumento para compartilhar, trocar e “negociar” significados.
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