Chegou o seu primeiro dia de aula como professor.
Você estudou anos para isso. Leu muita coisa, discutiu muitas teorias. E agora é a hora de por tudo em prática.
Bate uma certa insegurança ás vezes.
E agora, o que fazer?
Devo ser sincera, não é fácil começar.
É como aprender a andar de bicicleta: há um momento que tiram as rodinhas auxiliares ou a pessoa que nos apoiava desaparece e estamos sozinhos.
Você vai ter dias em que nada dá certo e dias que tudo vai dar maravilhosamente certo.
E vai entender que tudo bem!
Lidamos com pessoas e essa variação de resultado é super normal, acontece com todo mundo.
Até com aqueles professores que já tem 20 anos de aulas.
Então vamos lá, o que costumamos fazer na primeira aula?
A primeira aula de um ano letivo ou de um semestre, especialmente quando não conhecemos os alunos é de apresentação.
Apresentação da disciplina, dos métodos de avaliação e das “regras” da sua aula.
Como dizia a minha professora de história no começo do ano “o combinado não sai caro”.
A primeira aula é o momento de combinar com a turma como vai ser a relação de vocês.
É um momento de conhecer os alunos e dos alunos te conhecerem, conhecerem o que você espera e como pretende trabalhar.
Um bom costume pode ser o de preparar um esquema bem pensado com tudo aquilo que você quer dizer aos alunos no primeiro dia de aula.
Então o que dizer e para que dizer
O que realmente nos importa que os alunos captem nessa primeira aula?
Na primeira aula, obviamente, falamos da matéria e de sua importância.
Comentamos o programa e damos a informação e as normas que consideramos oportunas.
E a respeito dessas introduções para a primeira aula, é oportuno fazer as seguintes observações:
É claro que, às vezes, os alunos começam o curso com expectativas de êxito muito baixas.
Seja pela disciplina em si, seja pelo que já ouviu a seu respeito de outras turmas.
Além disso, sentem-se avaliados e depreciados ainda antes de começar o curso.
Em tais casos, é útil que você enquanto professor torne explícita a situação e a trate abertamente com os alunos.
Não há por que fossilizar climas negativos que apenas reforçam o fracasso.
É exatamente nessas circunstâncias que é preciso dar normas claras, explicar e sintetizar como eles devem estudar essa matéria.
Além de comunicar expectativas de êxito e que estimulem os alunos.
Se realmente não consideramos o fracasso dos alunos, ainda que o de uns poucos, como um fracasso profissional próprio, sem que isso signifique que sejamos realmente culpados.
De algum modo, o fracasso de nossos alunos é nosso fracasso.
No sentido de que desempenhamos uma ação profissional (com tudo o que isso representa de tempo, energia etc.) que não atingiu o seu objetivo.
Se acreditamos (porque entramos no terreno das crenças) nas possibilidades e na potencialidade de nossos alunos.
As atitudes de nossos alunos são importantes, mas também o são as nossas.
Se somos coerentes, essa animação do conjunto, essa proclamação de nossa guerra ao fracasso suporá:
Lembre-se que o aluno tem obrigação de estudar, mas não de adivinhar.
Informar a tempo sobre erros importantes, quando ainda houver remédio.
E não utilizar a informação como uma fonte de poder e de controle.
A informação sobre erros é muito relevante no âmbito de avaliações.
As condutas motivadoras estão relacionadas com a comunicação de expectativas.
O primeiro dia de aula é importante para os alunos, mas também deve ser importante para nós.
Animamos os alunos, mas também temos de nos animar a assumir os compromissos implícitos (ou explícitos) decorrentes das primeiras orientações do curso.
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