Já falamos sobre o ensino por investigação e hoje vamos ver os diferentes tipos de atividades investigativas.

São todas iguais? Que tipos de atividades podem ser consideradas investigativas?

Existem diferentes tipos de atividades investigativas, variando com o grau de abertura e de orientação.

Algumas têm uma resposta fechada e esperada, outras não.

Umas demoram semanas ou meses, outras apenas minutos.

Algumas envolvem situações abstratas, outras envolvem situações reais.

Algumas atividades investigativas envolvem a resolução de problemas.

Mas é importante ter clareza de que nem todas as investigações são resoluções de problemas.

Pensando nisso, as diferentes dimensões das atividades de investigação podem ser representadas da seguinte forma:

Os três eixos representados acima não são independentes.

O primeiro, de professor ativo para aluno ativo, indica uma situação contínua com dois extremos.

Num dos extremos, os alunos colocam as questões que orientam as suas investigações.

E no outro extremo, é o professor que coloca essas questões.

O segundo, de abertas para fechadas, representa também uma situação contínua onde existem dois extremos.

Num deles, as atividades de investigação tem apenas um caminho a seguir, possibilitando a existência de uma só solução.

No outro, existem várias respostas para as questões levantadas e vários caminhos a seguir.

E no terceiro eixo, num dos extremos, têm-se atividades diretas e estruturadas, enquanto o outro diz respeito a atividades indiretas e não estruturadas.

Para além disso há também uma tipologia que ajuda a elaborar as atividades para os seus alunos.

Esta classificação é importante de ser considerada no planejamento e implantação de atividades investigativas em sala de aula

Isso porque permite que você varie as atividades e tenha clareza da avaliação de cada uma delas.

Há ainda uma classificação das atividades investigativas  em relação  ao grau de abertura.

investigativas

É essencial que o professor atenda às três fases propostas para a definição do grau de abertura das atividades de investigação a desenvolver com os seus alunos (Monk & Dillon, 1995)

Outros autores que focam este aspecto são Bell, Smetana & Binns (2005).

Estes classificam as atividades em quatro níveis.

No primeiro, a confirmação, os alunos conhecem a questão e o procedimento, assim como os resultados esperados.

No segundo nível, atividades de investigação estruturadas, os alunos investigam uma resposta para a questão colocada pelo professor, sendo-lhes dado o procedimento.

No terceiro, atividades de investigação guiadas, o professor apresenta a questão, mas o método e a solução ficam à responsabilidade dos alunos.

No quarto nível, atividades de investigação abertas, os alunos definem a questão e o método para chegarem a uma solução.

O principal objetivo é ajudar os alunos a desenvolver as competências necessárias que conduzam ao nível quatro.

As atividades de investigação podem ser mais abertas ou fechadas (Woolnough, 2000).

E levam os alunos a elaborar os seus próprios planos, testá-los, analisar e comunicar os seus resultados.

Além de avaliar e modificar as suas experiências.

Destacamos que na perspectiva das investigações como pedagogia, o ensino por investigação é visto como uma abordagem pedagógica de todo o currículo.

E por isso, é importante proporcionar aos alunos um ambiente de aprendizagem em que eles sejam encorajados a explorar, a testar as suas ideias e investigar as situações que lhes são propostas.

Bem como explicar e argumentar suas conclusões.

Como você utiliza as atividades investigativas na sua aula?

Tem algum dificuldade?

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