O ensino por investigação constitui uma abordagem que promove o questionamento, o planejamento, a escolha de evidências, as explicações com bases nas evidências e a comunicação.
Ensinar por investigação significa fazer um movimento de aproximar os conhecimentos científicos dos conhecimentos escolares.
Mobilizando assim a atividade do aprendiz ao invés de sua passividade.
Ou seja, não é uma prática em que os alunos aprendem por conta própria, somente pela observação dos fatos com interpretações limitadas.
Nem uma prática que deixa de lado a construção ativa do conhecimento através do diálogo e discussões e sem preocupação com que o aluno já sabe.
O ensino por investigação é aquele capaz de buscar a informação pretendida por meio das discussões entre os alunos.
Deixando um pouco de lado o processo curricular exaustivo e estruturado.
Trata-se de buscar respostas a partir de problemas reais e culturalmente relevantes.
Ou ainda, a partir de experimentos inspirados pelas próprias discussões em sala de aula.
Assim, existem várias definições e propostas para o termo ensino por investigação.
E isso faz diferença?
Sim!
Pois é preciso ter clareza quantos aos fundamentos das atividades investigativas que se pretende usar.
Já que as várias definições dão diferentes perspectivas de trabalho.
Por isso, aqui vamos focar no que as definições têm em comum.
Durante uma atividade investigativa há uma semelhança do que acontece numa comunidade científica.
Os alunos têm oportunidade de negociar.
E essa negociação envolve a argumentação, a comunicação dos resultados, a partilha de ideias, a troca de exemplos e a aceitação por parte dos pares de que aquele conhecimento é válido.
Trata-se portanto, de um processo essencial para desenvolver com os alunos.
E com isso levá-los a compreender a importância de uma comunidade científica e como se processa a construção do conhecimento científico.
O ensino por investigação envolve tarefas multifacetadas como:
Outras características do ensino por investigação são:
As características referidas colocam os alunos no centro das suas aprendizagens.
E além de valorizar a atividade científica através do desenvolvimento de explicações científicas, suportam a argumentação e a comunicação.
Mas como o professor organiza uma atividade investigativa?
Você tem que planejar atividades de acordo primeiro com os teóricos que você considera o ensino por investigação.
É importante também considerar o tempo, o espaço e os materiais necessários.
As propostas do ensino por investigação apoiam-se principalmente na curiosidade, na capacidade de detectar problemas.
Então é só propor um problema que eu tô fazendo uma atividade investigativa?
Não!
O ensino por investigação prioriza a linguagem e procedimentos próprios da ciência.
Isso significa que para desenvolver a fala, a leitura, a escrita, a capacidade de selecionar e avaliar evidências é necessário dar condições para isso.
A simples proposição de um problema não garante e nem dá suporte a nenhuma dessas coisas.
Se eu quero que o aluno seja capaz de levantar hipóteses, de propor explicações, a minha atividade tem que propiciar isso.
Por mais que o ensino por investigação como o próprio nome diz se trate de uma investigação, enquanto professor é preciso ter um objetivo.
É preciso ter consciência e aceitar com tranquilidade que não é possível discutir todas as vertentes de um problema.
É necessário escolher uma vertente para discutir e mediar para que os alunos não fujam do problema central que você quer discutir.
O ensino por investigação constitui uma orientação didática para o planejamento das aprendizagens científicas dos alunos.
Para isso é fundamental:
Para saber mais recomendo o livro Ensino de ciências por investigação
muito bom esse artigo