Com o avanço das inteligências artificias (IAs) como por exemplo o ChatGPT, a sala de aula enfrenta desafios.
Quais são os limites aceitáveis?
Ao mesmo tempo que essas tecnologias oferecem oportunidades inéditas para personalização do aprendizado e acesso instantâneo à informação, também introduzem riscos significativos ao ensino aprendizado, como a substituição do pensamento crítico e a banalização do plágio.
As IAs generativas, como o ChatGPT, podem facilitar a personalização do aprendizado, seja adaptando explicações ao ritmo individual do aluno ou fornecendo questões personalizadas adaptadas ao nível e a dificuldade da turma.
Além disso, pode fornecer recursos adicionais para a revisão de conteúdos e oferecer explicações extras para alunos com dificuldades.
Bem como oferecer um feedback imediato em exercícios, auxiliando na correção de erros, além de estimular a curiosidade, respondendo a perguntas complexas fora do horário de aula.
No entanto, esses benefícios dependem de um uso guiado e crítico, algo que muitos alunos ainda não desenvolveram.
Uma vez que o uso inadequado de IAs podem comprometer o raciocínio e a capacidade de análise, síntese e argumentação.
Já que os alunos tendem a aceitar informações sem verificar fontes ou refletir sobre o contexto, o que leva a desinformação.
Visto que modelos de IA podem reproduzir vieses ou erros factuais, especialmente em temas complexos, e alunos menos críticos podem internalizar informações incorretas as reproduzindo de forma equivocada.
Além disso, a facilidade de gerar textos e resolver exercícios com IA leva à tentação do famoso Ctrl C Ctrl V, o que pode levar a plágios não intencionais, uma vez que as IAs produzem textos, imagens e ideias com base em dados de treinamento, muitas vezes derivados de fontes públicas.
Assim, além não haver o exercício intelectual do aluno, ainda há a cópia e a desvalorização intelectual da autoria.
O excesso de interação com máquinas pode enfraquecer habilidades socioemocionais, como colaboração, debate e empatia, essenciais para o desenvolvimento integral.
Então como equilibrar isso em sala de aula?
Promover alfabetização digital crítica
Assim como precisamos ensinar nossos alunos a pensar criticamente e a questionar, também precisamos ensinar a avaliar fontes, checar informações e reconhecer limitações da IA.
Bem como incluir discussões sobre ética digital, destacando a importância da autoria e dos direitos autorais.
Redesenho de Avaliações
Priorize atividades que exijam reflexão pessoal, como diários de aprendizagem, debates orais ou metodologias ativas.
Ou utilize perguntas contextualizadas, que demandem aplicação prática do conhecimento em vez de respostas genéricas.
Integrar a IA como ferramenta complementar
Ao invés de proibir o uso, proponha atividades em que a IA seja ponto de partida, não de chegada.
Como por exemplo, usar um texto gerado por ChatGPT para identificar falhas argumentativas ou aprofundar pesquisas.
Estimule a comparação entre respostas humanas e da IA, exercitando o discernimento e o raciocínio.
Além disso, estabeleça regras claras sobre o que será ou não permitido fazer com as tecnologias na sua aula.
Fortaleça o diálogo e a autonomia
É importante criar espaços para que alunos relatem como usam a IA, compartilhando desafios e aprendizados, além de incentivar autorreflexão: “Como a IA me ajudou? O que eu poderia ter feito sem ela?” “Quais limitações a IA tem?”
E você? Como tem lidado com as IAs em sala de aula? Compartilhe suas experiências, sugestões e dúvidas com a gente!
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