Você já ouviu falar em sequência didática?
Ou sabe o que diferencia uma sequência didática das aulas que você faz?
Não? Então esse post foi feito para você!
Para começar vamos entender melhor o que é uma sequência didática.
O termo Sequência Didática (SD) ganhou destaque no Brasil nos documentos oficiais dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) lá em 1998.
E nestes documentos foram apresentadas como “projetos” e “atividades sequenciadas” usadas no estudo da Língua Portuguesa.
Mas o conceito de sequência didático é muito mais amplo.
Além de serem proveitosas em todos os conteúdos dos diversos componentes curriculares da escola básica.
Assim, uma definição de sequência didática é a de que é um conjunto de atividades, estratégias e intervenções planejadas etapa por etapa para que o entendimento do conteúdo ou tema proposto seja alcançado (KOBASHIGAWA et al., 2008).
Dessa forma, as sequências didáticas são planejadas e desenvolvidas para a realização de determinados objetivos educacionais, com inicio e fim conhecidos tanto pelos professores, quanto pelos alunos (ZABALA, 1998).
Você pode estar pensando “ué, mas já não faço isso em um plano de aula?”
E você não está errado!
Lembra mesmo um plano de aula.
Mas a sequência didática exige um planejamento muito mais amplo.
Isso porque aborda várias estratégias de ensino e as aulas duram vários dias.
Além disso, difere na sequência que o conteúdo deverá ser organizado.
Ou seja, de forma que leve o estudante a uma evolução no conhecimento, através do aprofundamento dos estudos sobre o tema.
Não há uma regra sobre a quantidade do número de aulas que uma sequência didática deve possuir.
E por isso ela é flexível, porém é preciso um bom planejamento para que os resultados sejam alcançados.
Mas como funciona uma sequência didática?
A sequência didática tem como finalidade organizar e orientar o processo de ensino, certo?
Então, em geral, o professor explica um tema, em seguida se desenvolve um conteúdo e, por fim, o aluno tenta colocar em prática o que foi aprendido.
Portanto, em termos pedagógicos, a sequência didática é dividida em três partes: abertura, desenvolvimento e fechamento.
Assim normalmente a abertura é composta por um problema investigativo ao qual o aluno precisa ser capaz de responder ao final da sua sequência de aulas.
Neste primeiro momento você faz a contextualização do tema, apresenta o problema e instiga os alunos a pensarem na solução.
Já no desenvolvimento você apresentará as informações necessárias para que o aluno consiga chegar a uma solução/conclusão.
Por exemplo, gráficos, tabelas, textos, imagens, mapas, todas as informações que sejam relevantes ao problema que você elaborou.
O fechamento da sequência consiste em sintetizar e reiterar o conteúdo, tudo isso acompanhado por uma avaliação sobre os conhecimentos adquiridos.
Ou seja, ao final os alunos precisam ter chegado a resposta esperada para a solução do problema.
E é importante a devolutiva para o aluno se o raciocínio foi correto, e se não foi, onde estava o erro.
Mais do que o resultado final, o momento principal é o desenvolvimento da sequência didática.
Como por exemplo, discussão coletiva, exibições de vídeos, produções de texto, dinâmicas ou jogos.
E todos esses momentos podem ser avaliados.
E por que utilizar sequência didática nas aulas?
Esta metodologia de ensino serve para ensinar os alunos a dominar um conteúdo conceitual de forma gradual, passo a passo (Penha, 2008).
Além de ser uma ação pedagógica que considera a alfabetização científica do aluno, o ensino por investigação e o construtivismo, bases para uma formação crítica.
É também uma forma de explorar diversos conteúdos procedimentais como: textos, tabelas, gráficos, práticas de laboratórios simples e adequadas para serem realizadas em sala de aula com material de fácil manuseio.
As sequências didáticas contribuem para a consolidação de conhecimentos que estão em fase de construção.
E permite que progressivamente novas aquisições sejam possíveis.
Já que a organização da sequência prevê uma progressão modular, partindo do levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre determinado assunto.
E a todo momento, você pode intervir para a melhoria no processo ensino e aprendizagem.
Oportunizando situações para que o educando assuma uma postura reflexiva.
E se torne sujeito do processo de ensino e aprendizagem.
Além disso, a colocação de uma questão ou problema aberto é um ótimo caminho para um ensino mais ativo e significante.
Assim, almeja-se que, com a elaboração da sequência didática, um paradigma ultrapassado seja quebrado.
Que é quando um professor somente reproduz um conhecimento aos escolares.
Ou seja, com a sequência didática é possível ensinar qualquer tema e conteúdo, inclusive aqueles mais abstratos.
Tem alguma dúvida ou curiosidade sobre sequências didáticas? Conte aqui para nós!
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