A proposta didática dos Três Momentos Pedagógicos (3 MPs), é atualmente incorporada em diversas propostas de ensino.
Desde a elaboração de materiais didáticos até como organizadores/estruturadores de desenhos curriculares.
Mas o que isso significa?
Quando nos referimos aos três Momentos Pedagógicos estamos de falando de uma estrutura composta de problematização inicial, organização do conhecimento e aplicação do conhecimento.
Vamos entender melhor cada uma dessas estruturas:
Na qual apresentam-se questões ou situações reais que os alunos conhecem e presenciam.
E/ou questões que estão envolvidas nos temas.
Nesse momento pedagógico, os alunos são desafiados a expor o que pensam sobre as situações.
Ou seja, é importante para que o professor possa ir conhecendo o que os alunos pensam.
A finalidade desse momento é propiciar um distanciamento crítico do aluno ao se defrontar com as interpretações das situações propostas para discussão.
E fazer com que ele sinta a necessidade da aquisição de outros conhecimentos que ainda não detém.
Momento em que, sob a orientação do professor, os conhecimentos necessários para a compreensão dos temas e da problematização inicial são estudados.
Momento que se destina a abordar sistematicamente o conhecimento incorporado pelo aluno.
Ou seja, momento para analisar e interpretar tanto as situações iniciais que determinaram seu estudo.
Quanto outras que, embora não estejam diretamente ligadas ao momento inicial, possam ser compreendidas pelo mesmo conhecimento.
Beleza, mas como isso entra na minha aula?
Como que eu uso esses momentos pedagógicos?
A Problematização Inicial pode ser utilizada para contemplar situações reais que os alunos conhecem.
E a partir disso, apresentar questões que não se restrinjam às perguntas diretivas.
Ou seja, perguntas as quais não exigem dos alunos apenas memorização e reprodução de conhecimentos.
Mas devem servir de questionamentos com potenciais para provocar no aluno uma curiosidade epistemológica.
Isso significa que, a pergunta inicial deve ser composta de um questionamento maior.
Ou uma “pergunta problematizadora”, que permita múltiplos desdobramentos.
E esses sim, podem ser questionamentos mais específicos.
Já a Organização do Conhecimento entra na sua aula com o uso de uma diversidade de estratégias metodológicas.
Principalmente aquelas que contemplem a construção de conhecimentos para além dos conteúdos conceituais.
Ou seja, as estratégias que valorizam os procedimentais e atitudinais do tema proposto.
E que contemple atividades que promovam interação aluno-aluno e aluno-professor.
Além de possibilitar o desenvolvimento da autonomia dos alunos na construção do conhecimento.
O momento de Aplicação do Conhecimento é aquele em que você valoriza as atividades como um todo.
Ou seja, que se afastem de um modelo pontual e finalístico de avaliação.
São momentos que contemplam propostas de tomada de decisão, que valorizam a multiplicidade de estratégia (estudo de caso, debate, carta aberta) e outras atividades mais complexas.
É o momento em que você consegue avaliar o quanto o aluno se apropriou do conceito trabalhado.
Então vamos ver um exemplo prático para o ensino básico:
E um exemplo prático para ensino superior:
Para saber mais
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Metodologia do ensino de ciências. São Paulo: Cortez, 1990.
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Física. São Paulo: Cortez, 1990.
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A.; PERNAMBUCO, M. M. Ensino de ciências: fundamentos e
métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
Qual corrente poderíamos encaixar essa metodologia?
Olá Andreia,
Progressista Libertadora ou pedagogia libertadora. É fundamentada nas concepções de educação de Paulo Freire.