As trilhas da aprendizagem se destacaram durante a pandemia ao serem adotadas nos cadernos para os alunos da cidade de São Paulo.
Mas afinal o que são trilhas da aprendizagem?
Esse é o assunto do nosso post de hoje.
As trilhas da aprendizagem são um instrumento que permite o aprendizado através de rotas flexíveis e alternativas voltadas tanto para a busca da excelência profissional quanto para a excelência humana (FREITAS, 2002).
Nesse contexto, a noção de trilhas de aprendizagem surge originalmente como alternativa ao conceito de grades de treinamento para o desenvolvimento de competências.
Aquelas que buscam a flexibilização da formação profissional e promoção do reconhecimento das experiências e conhecimentos adquiridos por cada indivíduo.
Mas então como isso serve no cenário educacional?
As trilhas de aprendizagem são um dos caminhos para a ampliação dos estilos dos docentes.
E também um caminho para utilizar as metodologias ativas.
Assim, no contexto da sala de aula, as trilhas de aprendizagem são sequências de atividades.
Sequências essas que contam com diferentes mídias.
E com o objetivo de serem complementares entre si, construindo o conhecimento a respeito de um tema.
Assim, as atividades devem abranger diferentes estilos de aprendizagem, formatos de conteúdo e níveis de dificuldade.
E também priorizar a autonomia do aluno.
Por isso estão nos cadernos dos alunos da cidade de São Paulo.
Já que o caderno do aluno reúne atividades as quais os alunos devem desenvolver sozinhos e que consideram diferentes mídias.
Qual a diferença da trilha da aprendizagem para o plano de aula?
No plano de aula você organiza suas intenções de ensino aprendizagem.
Pode também ter como objetivo desenvolver habilidades e competências, mas é principalmente um guia para você, docente.
O aluno nem sempre sabe quais seus objetivos com determinada atividade ou enxerga como uma atividade está ligada a outra.
Já as trilhas da aprendizagem requerem vários planos de aulas, já que são formados por sequências de atividades, que priorizam o desenvolvimento de competências.
E por isso, as atividades precisam ser pensadas de maneira que respeite os ritmos e estilos de aprendizagem, aspirações e preferências pessoais dos alunos.
As trilhas da aprendizagem são caminhos alternativos e flexíveis de desenvolvimento pessoal, profissional e de autonomia.
Já que cabe ao aluno definir as trilhas que servirão de guia para aquisição dos conhecimentos e das competências.
Assim, as trilhas da aprendizagem são mais difíceis de trabalhar em sala de aula, nas condições educacionais que temos.
E por isso funcionam melhor em situações onde o aluno precisa ter autonomia e o ensino pode ser flexível, como na quarentena, por exemplo.
Mas então como se planeja trilhas da aprendizagem para a sala de aula?
Você pode usar um modelo linear, no qual os objetos de aprendizagem (vídeos, aulas presenciais, avaliações) são colocados em sequência.
E para acessar o próximo passo é preciso cumprir o passo anterior.
Assim, para completar a trilha é necessário cumprir todos os passos.
Por exemplo, para aprender operações matemáticas requer uma sequência bem estabelecida pelo instrutor.
Se o aluno não tiver o domínio do processo da adição, não dará conta de aprender a subtração.
É utilizado esse modelo quando um conhecimento anterior serve de sustentação para a construção de um novo.
Ou usar um modelo agrupado, no qual você disponibiliza diversos recursos de aprendizagem e o aluno é livre para escolher qual cumprir.
Neste caso o aluno precisa atingir uma quantidade mínima de recursos para ter a trilha de aprendizagem concluída.
Então por exemplo, disponibilizado um jogo, uma situação problema ou uma atividade baseada em projetos de uma mesma temática, o aluno escolherá qual quer resolver.
Mas independente de qual modelo de trilha seja escolhido é importante conhecer seu público alvo.
Assim como suas demandas e dificuldades.
A flexibilidade e a autonomia são as principais características que precisam estar presentes no planejamento.
Trilhas da aprendizagem para os professores
As trilhas da aprendizagem são ainda, instrumento para o docente potencializar sua própria aprendizagem.
Assim como instrumento para começar a utilizar metodologias ativas e inovadoras em sala de aula com os alunos sempre tão conectados.
O que enriquece sua prática pedagógicas e aproxima dos alunos.
Já que as mudanças no mundo do trabalho estão exigindo dos colaboradores conhecimentos que estão além do saber específico delineado no cargo que ocupam.
Ou seja, o profissional tem que ser multitarefa e se preparar para o exercício de papéis ocupacionais mais abrangentes.
Além disso, enrique as situações de aprendizagem já que diferentes pessoas, ainda que tenham funções idênticas, podem construir trilhas diferentes.
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