A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento, de mais de 400 páginas, que traz o conteúdo mínimo a ser ensinado nas escolas públicas e privadas do país.

E define 10 competências gerais que todo aluno deve desenvolver na educação básica.

A primeira versão da BNCC foi divulgada pelo MEC em setembro de 2015 e recebeu 12 milhões de contribuições.

Já em maio de 2016, foi lançada uma segunda versão, incorporando o debate anterior.

Assim, foi aprovada no último dia 15 e deve ser homologada na próxima quarta-feira (20).

O documento estabelece o que deve ser ensinado nas escolas públicas e privadas ao longo da escolaridade básica.

Mas não vale para o ensino médio, que, segundo o MEC, terá ainda sua própria base.

Ao longo 2018 as escolas e redes de ensino deverão se adaptar.

E rever seus currículos para iniciarem a implementação da Base em 2019.

A previsão é de que todo o processo esteja consolidado até 2020.

Durante este tempo os professores receberão formação para conhecer em profundidade o documento.

E haverá a adequação necessária do material didático.

O que muda com a aprovação da base?

As principais e polemicas mudanças são na alfabetização e no ensino religioso.

Na alfabetização as crianças deverão saber ler e escrever aos 7 anos.

Há ainda o detalhamento dos objetivos a serem alcançados desde a fase inicial de alfabetização até o fim do ensino fundamental.

E o aumento gradativo da complexidade das habilidades a serem desenvolvidas.

Hoje, elas devem estar alfabetizadas até os 8 (ou ao fim do 3º ano do ensino fundamental).

Já o ensino religioso passa a ser disciplina obrigatória no ensino fundamental.

Hoje é facultativo, ou seja, opcional nas escolas.

A implantação de uma Base Nacional Comum Curricular estava prevista na Constituição e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996).

Em setembro deste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que o ensino religioso nas escolas públicas pode ter caráter confessional.

Ou seja, que as aulas podem seguir os ensinamentos de uma religião específica.

O slogan do BNCC é “educação é a base”, mas essa base tem ficado cada vez mais fraca e distante de formar cidadãos críticos.